Atualmente, existem muitos mitos e suposições sobre os benefícios dos ácidos gordos ómega 3. Diz-se que previnem as doenças cardiovasculares, aliviam a depressão e até ajudam a combater o cancro, os acidentes vasculares cerebrais e a doença de Alzheimer. Mas até que ponto é que estas afirmações são verdadeiras? O canal do YouTube "Dr Julia Fischer" aborda esta questão e lança luz sobre os antecedentes da moda dos ómega 3.
Ácidos gordos ómega 3 são gorduras essenciais que o corpo não consegue produzir por si próprio. Apoiam a função celular, promovem a saúde do coração e estão envolvidos no desenvolvimento da função nervosa e cerebral. Entre os mais importantes ácidos gordos ómega 3 incluem-se
- ALA (ácido α-linolénico): Encontrado em fontes vegetais como óleo de linhaça, sementes de chia e nozes.
- EPA e DHA: Encontram-se principalmente em peixes gordos (por exemplo, salmão, sardinhas) e algas.
A crença de que ácidos gordos ómega 3 fazem maravilhas pode ser rastreada até observações científicas feitas na década de 1970. Os investigadores descobriram que os inuítes da Gronelândia, que tinham uma dieta rica em criaturas marinhas, pareciam ter menos doenças cardiovasculares. Esta teoria foi mais tarde desmentida, o mito que rodeava ómega 3 persistiu, no entanto.
Atualmente, o mercado está repleto de produtos ómega 3de Cápsulas de óleo de peixe até óleos de algas. As promessas são grandes, mas os estudos científicos mostram um quadro preocupante. De acordo com uma análise Cochrane de 2020, os benefícios para a saúde são mínimos. Para evitar um ataque cardíaco, mais de 160 pessoas teriam de tomar Suplementos de ómega 3 durante anos para que uma pessoa beneficiasse.
Riscos associados a doses elevadas
As doses elevadas podem preparações de ómega 3 podem mesmo ser prejudiciais. Uma dose diária superior a um grama aumenta o risco de arritmia cardíaca e de hemorragias. A Agência Federal Alemã para a Avaliação de Riscos recomenda, por isso, que não se tomem mais de 1,5 gramas de ómega 3 por dia.
Omega-6 e ómega-3O rácio conta
Outra questão é a relação entre os ómega 6 e os ómega 3. ácidos gordos ómega 3. A nossa dieta atual conduz frequentemente a um desequilíbrio pouco saudável, uma vez que consumimos demasiado ómega 6 (por exemplo, no óleo de girassol) e muito pouco ómega 3. ómega-3 na nossa alimentação. Os especialistas recomendam um rácio de 5:1 para garantir uma utilização óptima de ambas as gorduras.
Conclusão: alimentação saudável em vez de suplementos
A conclusão mais importante do vídeo é que, para a maioria das pessoas, é suficiente ter uma dieta equilibrada. O consumo regular de peixe (2-3 porções por semana) e a utilização de óleos ricos em ómega 3, como o óleo de colza, são normalmente suficientes para cobrir as necessidades. Os suplementos são normalmente necessários apenas para problemas de saúde específicos.
Ácidos gordos ómega 3 são importantes, mas não são uma cura milagrosa. Se quiser manter-se saudável, deve certificar-se de que tem uma dieta equilibrada e faz exercício físico suficiente - esta é a verdadeira chave para a saúde.
Fontes:
Vídeo do YouTube - Ómega 3: cura milagrosa ou ar quente?
Foto: istockphoto: ilona titova
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